Previsão climática: Cyan na CEPA FARM-MS
- Goya Conteudo
- há 4 dias
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A Cyan colocou à disposição do CEPAFARM MS, o maior evento técnico do setor sucroenergético, que acontece nos dias 24, 25 e 26 no Mato Grosso do Sul, seu sistema de monitoramento climático e sensoriamento remoto em tempo real.
Com essa tecnologia, a organização pôde acompanhar rapidamente qualquer área com risco de incêndio e agir de forma preventiva, garantindo mais segurança e proteção à fazenda que sediará o evento.
Além disso, em parceria com o evento, a Cyan convidou sua equipe de meteorologistas para preparar uma previsão climática especial para os próximos meses na região. A ideia é ajudar produtores de cana-de-açúcar a entender como o clima pode influenciar a lavoura e como a tecnologia pode apoiar o planejamento das próximas etapas.
Confira a previsão a seguir.
Condições registradas de chuva e temperatura
A análise da precipitação e da temperatura do ar no Mato Grosso do Sul mostra que as temperaturas ficaram abaixo da média nos meses de agosto e outubro, enquanto em setembro registrou valores acima do normal.
Esse comportamento resultou em um trimestre com temperatura média inferior à climatologia no sul do estado e próxima da média ou superior no extremo norte.
Em relação às chuvas, os acumulados ficaram abaixo da média na maior parte do estado, exceto no extremo sul, onde houve precipitação acima do normal durante outubro. No balanço trimestral, observou-se um déficit hídrico, refletindo a irregularidade das chuvas ao longo do período.
Condições de chuva e temperatura no Mato Grosso do Sul: análise trimestral
A análise climática do Mato Grosso do Sul revela um trimestre marcado por contrastes nas condições de chuva e temperatura. Nos meses de agosto e outubro, as temperaturas ficaram abaixo da média histórica, enquanto em setembro houve um aumento significativo, com valores acima do normal para o período.
Esse padrão variado resultou em uma temperatura média trimestral inferior à climatologia no sul do estado, enquanto o extremo norte registrou condições próximas ou ligeiramente acima da média.
Chuvas no Mato Grosso do Sul: déficit hídrico e irregularidade
Em relação às chuvas no MS, os acumulados ficaram abaixo da média na maior parte do estado. A única exceção foi o extremo sul, que apresentou precipitação acima do normal em outubro. No balanço geral do trimestre, verificou-se um déficit hídrico, evidenciando a irregularidade das chuvas e reforçando a importância do monitoramento climático para planejamento agrícola e operacional.
Previsão climática: efeitos da La Niña no Brasil e na região central
A previsão climática para os próximos meses será influenciado pelo fenômeno La Niña, porém seus impactos não devem ser tão intensos. Caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico Central. Essa alteração na temperatura do Pacífico modifica a circulação atmosférica global e impacta diretamente o regime de chuvas em diferentes regiões do planeta.
Como a La Niña afeta o clima no Brasil
No Brasil, os efeitos da La Niña costumam ser mais intensos nos extremos do território:
Norte e Nordeste tendem a registrar chuvas acima da média,
enquanto o Sul enfrenta períodos de seca mais severa.
Na região central do país, os impactos são mais sutis, alterando principalmente o comportamento das chuvas, como frequência e distribuição, e menos os volumes totais acumulados.
Corredores de umidade e ZCAS: influência direta no regime de chuvas
Durante episódios de La Niña, é comum a formação mais frequente de corredores de umidade e a maior persistência da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
Essa faixa de nuvens, que se estende do sul da Amazônia até o Atlântico Sul, favorece chuvas persistentes entre dezembro e fevereiro, especialmente na região central.
Esse padrão atmosférico também aumenta a nebulosidade, reduz a radiação solar e contribui para temperaturas mais amenas, em contraste com os meses de primavera, marcados por ondas de calor e menor cobertura de nuvens.
Previsão climática para os próximos meses
A configuração atual do Pacífico indica uma La Niña fraca e de curta duração, sugerindo impactos menos intensos do que os observados em anos anteriores. Ainda assim, o fenômeno deve favorecer chuvas regulares e persistentes na região central do Brasil, especialmente entre final de dezembro e janeiro.
A previsão aponta para a persistência dos corredores de umidade, com maior influência sobre áreas produtoras de Minas Gerais, Goiás e parte do Mato Grosso, e efeitos moderados, porém relevantes, ao norte e ao sul desse corredor.
Previsão climática no Mato Grosso do Sul: tendência de chuvas e temperaturas para os próximos meses
A previsão climática no Mato Grosso do Sul indica que as maiores chances de chuva acima da média estão concentradas no setor norte do estado, com uma redução gradual desses acumulados em direção ao sul.
Apesar das influências do fenômeno La Niña, não há sinais de déficits hídricos severos como os registrados nas safras 2021/2022 e 2022/2023, quando o resfriamento do Pacífico atuou com maior intensidade e agravou a falta de chuva na região.
Tendência das temperaturas no Mato Grosso do Sul
Até o fim do ano, a previsão não indica ondas de calor significativas como as observadas no ano anterior. Nas áreas onde os corredores de umidade forem mais persistentes, especialmente no norte do estado, a tendência é de temperaturas dentro ou ligeiramente abaixo da média.
No sul do Mato Grosso do Sul, há possibilidade de períodos mais frequentes de céu aberto entre dezembro e janeiro. Esse padrão favorece um aquecimento maior durante as tardes, deixando esse período do dia um pouco mais quente. Ainda assim, o calor não deve atingir níveis extremos, permanecendo dentro do esperado para a estação.
Média diária de temperatura: noites mais frescas e tardes mais quentes
Embora as tardes possam ser um pouco mais quentes no setor sul, as noites e manhãs devem ser mais amenas, o que resulta em uma média diária de temperatura próxima ou ligeiramente abaixo da climatologia.
Previsão para o período do evento CEPAFARM MS
Para a região do CEPAFARM MS, a tendência climática aponta para chuvas e temperaturas ligeiramente abaixo da média nos próximos meses, reforçando a influência dos corredores de umidade e a atuação moderada da La Niña nesta temporada.
Previsão climática + tecnologia = maior eficiência na cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar é altamente influenciada por fatores climáticos, principalmente chuva, temperatura, radiação solar e umidade do solo.
Com o avanço das tecnologias de previsão meteorológica (sensores IoT, satélites, Inteligência Artificial e modelos numéricos de clima), o setor sucroenergético passou a tomar decisões muito mais estratégicas.
Veja como essas áreas se conectam:
Previsões mais precisas definem o melhor momento de plantio
Modelos climáticos conseguem antecipar períodos de chuva e estiagem, permitindo que produtores escolham a janela ideal para o preparo do solo e a implantação da lavoura.
Essas previsões permitem;
Escolher a janela ideal para preparo do solo e plantio;
Evitar plantios tardios que podem enfrentar estiagens prolongadas comuns no outono;
Aumentar a taxa de pegamento e reduzir perdas.
Isso aumenta a taxa de pegamento e reduz perdas por plantios fora do período adequado.
Gestão hídrica mais inteligente
Tecnologias como sensores de umidade e imagens de satélite, combinadas com previsões de chuva, permitem irrigar apenas quando necessário.
Com a combinação de sensores de umidade, estações meteorológicas, imagens de satélite e previsões de chuva, é possível irrigar apenas quando necessário algo crucial em áreas de solos mais leves, típicos de parte do MS.
Isso permite:
Reduzir custos operacionais,
Evitar estresse hídrico,
Garantir crescimento uniforme da planta.
Isso otimiza recursos, reduz custos e evita estresse hídrico, que afeta diretamente o crescimento e a produtividade da cana.
Previsão de eventos extremos protege a lavoura
No MS, eventos extremos como ondas de calor, estiagens prolongadas, tempestades severas e geadas, principalmente nas regiões sul e sudeste do estado, podem impactar fortemente a cultura.
Com alertas antecipados, é possível:
Antecipar operações;
Realizar colheita emergencial;
Aplicar tratamentos preventivos;
Minimizar danos e perdas.
Tomada de decisão baseada em dados
Ao cruzar previsões climáticas com dados agronômicos (variedade, solo, idade da cana), o produtor consegue definir:
Melhor época de adubação;
Ajustes no manejo de pragas, que variam conforme o clima;
Escolha da melhor época de colheita para maximizar ATR (açúcares totais recuperáveis).
Redução de custos e desperdícios
Com previsões mais precisas, operações agrícolas podem ser agendadas conforme as melhores condições:
Evitando mecanização em solo muito úmido, prevenindo compactação;
Reduzindo perdas operacionais;
Sincronizando uso de máquinas, insumos e equipes com condições ideais.
Isso traz ganhos diretos em eficiência e economia.
Melhor planejamento industrial
A previsão climática também impacta a usina, que pode estimar:
O volume de cana disponível ao longo da safra,
A qualidade da matéria-prima,
A logística de recebimento e moagem.
Isso melhora todo o planejamento energético (produção de etanol, açúcar e bioeletricidade).
Proteja seus negócios com as soluções da Cyan!
Além da frequência, a intensidade dos eventos climáticos também tem aumentado. Nessa nova realidade, a necessidade de adaptação se torna ainda mais urgente.
No agronegócio, setor diretamente dependente do clima, o investimento em estudos e tecnologias que tornem o dia a dia do agricultor mais eficiente tem crescido na mesma medida. Com ferramentas de monitoramento climático, é possível reduzir perdas e proteger o caixa.
Diante das incertezas climáticas, antecipar informações é o melhor caminho para preservar produtividade e estabilidade financeira.
A Cyan oferece soluções de monitoramento de tempo e clima seguro e um suporte técnico que auxilia no manejo e planejamento inteligentes do risco.
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