Chuvas e tempestades: o impacto nas empresas de transmissão de energia
- Cyan Analytics
- 26 de set.
- 3 min de leitura
O setor elétrico brasileiro é um dos mais complexos e extensos do mundo. Com dimensões continentais e uma matriz fortemente baseada em hidrelétricas, as redes de transmissão são responsáveis por levar energia das usinas até os consumidores. Neste contexto, as chuvas e a imprevisibilidade do clima se tornam um verdadeiro desafio.
Tempestades, ventos fortes e descargas atmosféricas estão entre as principais causas de interrupções na transmissão. Segundo estudo da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que presta serviço ao Ministério de Minas e Energia do Brasil, quatro das 116 causas de desligamentos de linhas de transmissão estão relacionadas ao clima, representando 43% das falhas registradas entre 2014 e 2023.
Atualmente, ainda segundo a EPE, o Brasil possui 188 mil km de linhas de transmissão. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste concentra cerca de 45% dessa malha, que cresceu 88% entre 2010 e 2024.
Confira no texto a seguir alguns dos principais riscos que as chuvas oferecem para as empresas de transmissão de energia.
Principais impactos das chuvas nas linhas de transmissão
O clima pode afetar as empresas de energia de diversas formas. Chuvas intensas, por exemplo, estão associadas a ventos fortes e solos encharcados, que podem comprometer a estabilidade das torres de transmissão.
O risco de queda aumenta em regiões de relevo acidentado, onde o solo está mais sujeito à erosão. Quando isso ocorre, o prejuízo não é apenas material: desligamentos em cascata podem afetar milhares de consumidores e as empresas de transmissão podem ser penalizadas ou sofrer impacto no fornecimento e faturamento
Descargas atmosféricas
O Brasil é o país com maior incidência de raios em todo o planeta. Por ano, são mais de 70 milhões de descargas elétricas registradas, segundo informações do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
As linhas de transmissão estão constantemente expostas a descargas elétricas, que podem causar desligamentos instantâneos, danos em equipamentos e até incêndios em vegetação próxima.
Alagamentos
Enchentes podem comprometer subestações e dificultar o acesso das equipes de manutenção, atrasando o restabelecimento do sistema. Já a erosão enfraquece fundações e pode exigir obras emergenciais de contenção. Estes processos são desencadeados pela chuva, que quando intensa acelera e intensifica seus efeitos.
O papel do sensoriamento climático
Para enfrentar esse desafio, as empresas de energia estão cada vez mais utilizando tecnologias de sensoriamento climático, que unem monitoramento em tempo real, modelagem preditiva e inteligência de dados.
Com sensores avançados e modelos meteorológicos, é possível prever riscos de tempestades e chuvas intensas em regiões críticas, ajustando a operação e redimensionando equipes de manutenção.
A manutenção preditiva baseada em dados climáticos também evita intervenções emergenciais e reduz o desgaste da infraestrutura. Isso representa economia direta para as empresas e maior eficiência no uso de recursos, já que obras emergenciais costumam ter um valor mais elevado.
Outro benefício do acompanhamento em tempo real de variáveis como ventos, descargas elétricas e volume de chuva é a possibilidade de ter respostas mais rápidas para adversidades, reduzindo o tempo de indisponibilidade das linhas.
Por fim, monitorar condições extremas também protege os trabalhadores que atuam em campo e as comunidades localizadas próximas às linhas de transmissão, prevenindo acidentes.
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